O trabalho pela diversão
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Foto: Arquivo Pessoal |
No ritmo de músicas que podem ser em alto volume ou em som ambiente, bebidas
alcoólicas e até relacionamentos que
chegam a durar minutos. As casas noturnas são visitadas, em maioria, por um
público jovem, entre 18 e 25 anos. Os estilos são variados, vão do sertanejo
até o eletrônico. Dependendo do local frequentado e do que se consome, o
investimento que se faz em uma festa noturna pode ser bem alto. Por traz do lazer e da descontração existe
sempre uma equipe de pessoas que trabalha para que nada estrague o clima de
entretenimento. São seguranças, Barmans , técnicos de som e luz, Dj´s, músicos
e outros, pessoas que trabalham enquanto outras se divertem.
O técnico de som Jean Miguel Opuchkevetch,
trabalha durante a noite em média quatro vezes por semana, para ele, trabalhar
nesse horário é gratificante pelo salário, mas o lado ruim também existe. “Com certeza vale a
pena pelo dinheiro, mas perder horas de sono é complicado, pois o sono perdido
nunca mais é recuperado. Dormir a noite não é a mesma coisa que dormir durante
o dia, sem contar que não existe coisa pior do que ficar sem dormir. Às vezes
da certa indignação de saber que todos seus amigos estão saindo fazer algo e
você tem que trabalhar” comentou. Jean usa o dinheiro que ganha no trabalho principalmente para pagar a parcela do seu carro e também para se divertir nas
horas vagas. Em relação às pessoas que consomem exageradamente, ele acredita
que é uma procura entre diversão e status. “Acredito que traz uma felicidade
momentânea, sendo que sem gastar esse dinheiro as pessoas podem se divertir
também”, argumentou.
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Foto: Arquivo Pessoal
O
valor das notas musicais
Alexandre Pessoa
Uma profissão
movimentada e com poucas horas de sono durante a noite, os músicos além de se
apresentar, gastam horas de ensaio e de preparação antes dos shows. Assim como
qualquer outro trabalho feito a noite, existe também uma balança com pontos
negativos e positivos. “A vantagem é fazer algo que gosta, a remuneração é boa,
mas como em qualquer outro negócio, acontecem imprevistos, quebra de acordo é
um grande exemplo. A desvantagem é o risco a saúde, dormir pouco, alimentação
fora de hora, sono atrasado”, relatou Felipe Vieira Martins, músico que toca
profissionalmente na noite há 5 anos.
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Foto:Arquivo Pessoal |
Quem vê esses
profissionais em cima do palco, muitas vezes não imagina o quanto é complexo o
processo até a hora da apresentação. De acordo com Felipe, primeiramente são
acertados valores, tempo e especificações do serviço a ser prestado. Em seguida
um repertório de músicas é escolhido. Em seguida as músicas são passadas aos
músicos, que serão somente repassadas no ensaio. “No dia de tocar tem a
passagem de som, a banda vai até o ambiente onde vai ser realizado o evento
para fazer os ajustes e arrumar seus instrumentos com o som do local. Tudo isso
é feito com o auxilio da equipe técnica, na maioria dos casos o som é alugado
pelas casas noturnas e a empresa contratada envia o som e os técnicos até o
evento”, explicou o músico. Apenas depois de todo esse trabalho os músicos se
preparam antes de entrar no palco e enfim se apresentam.
Para Felipe, músicos famosos e impulsionados pela mídia são os
mais valorizados. Porém existem centenas de outros que fazem trabalhos de ótima
qualidade ou até mesmo são melhores que estes da mídia, mas continuam no
anonimato e consequentemente não são valorizados. “A classe geral dos músicos
não é valorizada, apesar de ser uma profissão, a grande maioria não a respeita.
Não é um trabalho fácil como pensam, existe muita coisa a ser feita além do
dia, hora do show. Existem pessoas que vivem disso e outras que tem este
hobbie, é preciso saber diferencia-las”, argumentou.
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